Ansiedade

 

A ansiedade é uma emoção que sentimos perante determinadas situações ou pensamentos. É considerada um sentimento humano normal, já que todos nós passamos por ela sempre que nos deparamos com determinadas situações que nos parecem ser ameaçadoras ou difíceis, sendo natural ficamos nervosos, tensos e/ou agitados.

É muito comum que fiquemos ansiosos perante determinados acontecimentos pessoais ou sociais em que somos submetidos a uma avaliação (por exemplo: um exame ( ver ansiedade aos exames ), uma entrevista de trabalho, um primeiro encontro) porque isso nos permite activar alguns recursos que nos ajudam a enfrentar essa circunstância.

Muitas vezes a ansiedade é confundida com o medo, mas enquanto que o medo é uma resposta que o organismo dá a um perigo real, actual e imediato (como, quando um cão raivoso se atira a si), a ansiedade é a resposta a uma ameaça que pode ser desconhecida e indefinida, que pode ter origem em conflitos internos, sentimentos e pensamentos que você tem e que são disfuncionais (por exemplo, fica ansioso quando está num grupo de amigos, pois acha que não tem nada de interessante para dizer).

Tanto na reacções de medo como de ansiedade, o nosso organismo mobiliza-se a enfrentar a ameaça e como tal, é algo que pode ser útil e adaptativo, pois protege-nos de situações que podem ser eventualmente perigosas e são essas reacções que nos avisam desses perigos. Deste modo, tornamo-nos mais aptos a resolver as situações em causa.

 

 

Quando a ansiedade se torna num problema?

 

A ansiedade passa a ser problemática e motivo de preocupação, quando os sintomas começam a ser em excesso ou se mantêm durante longos períodos de tempo e, também quando se manifesta em situações em que a ameaça é apenas imaginária. Nestes casos, estes sentimentos negativos podem trazer consequências negativas para o nosso bem-estar, incapacitando-nos de levar uma vida normal.

Devemos de estar atentos há frequência, intensidade e duração das nossas respostas ansiosas a determinada situação, para sermos capaz de lidar com o problema, (caso este exista), o mais precocemente possível.

 

Sintomas prevalecentes :

 

As respostas que damos a uma situação de perigo real ou imaginário, podem ser analisadas a três níveis: cognitivo (o que pensamos?), fisiológico (o que sentimos?) e comportamental (o que fazemos?). Como tal, devemos ter em atenção aos sinais que o nosso organismo emite, de acordo com estas três áreas.

 

Nível Cognitivo

Nível Fisiológico

Nível Comportamental

Temos uma preocupação constante

Dores e tensão muscular

Mexemos nervosamente as mãos

Sentimo-nos irritados e nervosos

Palpitação e tremores

Falamos com dificuldade

Imaginamos sempre o pior, que algo horrível vai nos acontecer

Arritmias cardíacas

Andamos muito agitados ou imóveis

Interpretamos situações ambíguos (desconhecidas e incertas) como ameaçadoras.

Aumento da sudação

Podemos ter vontade chorar

 

Respiramos ofegantemente

Temos dificuldade em executar as nossas actividades

Tonturas

 

Naúseas/indigestão

Sensação de desmaio

 

Estes são apenas alguns do sintomas ansiosos mais frequentes mas que podem ser acompanhados de muitas outras manifestações e até mesmo confundidos com doenças do foro físico.

 

 

Factores que podem influenciar o aparecimento da ansiedade

 

De um modo geral, existem certos factores que estão na génese de uma perturbação de ansiedade.

Por vezes, as pessoas ansiosas têm na família um clima ou uma educação de super protecção que levam a que as crianças tenham medo de tudo, a não enfrentarem os seus medos e como tal, a preocuparem-se demasiado com situações ou acontecimentos normais.

Por outro lado, a ansiedade pode resultar de experiências traumáticas que tenhamos tido no passado ou que tenhamos aprendido com a experiência dos outros, desenvolvendo respostas ansiosas perante situações que não são perigosas. Por exemplo, se na sua infância viu um cão atacar uma criança, pode vir a ter medo de também ser atacado por um cão e começar a evitar o contacto com estes animais.

Alguns estudos, revelam que a ansiedade como traço e não como perturbação, tem uma associação familiar, isto é uma base genética que de certa forma predispõe os indivíduos para o desenvolvimento desta perturbação.

 

De acordo com os dados estatísticos disponíveis, verifica-se que na população em geral:

  • As perturbações de ansiedade, juntamente com as perturbações de humor, são das mais frequentes causas de pedidos de ajuda em contexto clínico.
  • A perturbação é diagnosticada com uma frequência ligeiramente maior em mulheres do que em homens;
  • Pode surgir em qualquer idade (mesmo na infância e na adolescência), mas normalmente é a partir do 20 anos;

A minha ansiedade será patológica?

  • Dificuldade em controlar a minha preocupação;
  • Sinto-me facilmente fatigado;
  • Sinto-me frequentemente nervoso e agitado;
  • Irrito-me facilmente;
  • Tenho tido dificuldades em adormecer;
  • Tenho um sono muito agitado;
  • Tenho dificuldades em concentrar-me, pois parece que tenho a mente vazia;
  • Sinto os meus músculos muito tensos.

Se apresentar estes sintomas mais de metade dos dias, durante pelo menos 6 meses e, considerar que estes estão a causar-lhe um intenso mal-estar no seu funcionamento social, ocupacional ou noutra área da sua vida, procure os serviços de Psicologia do G.P., pois através de apoio técnico e especializado tentaremos ajudar-lhe a controlar e a enfrentar o seu problema.

Não se esqueça! Toda a informação transmitida é estritamente confidencial.

Se este tema lhe interessou, pode consultar outras temáticas relacionadas: estratégias para combater o stress ou ansiedade aos exames ou fobias.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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